Quarta-feira, 12 de Setembro de 2007

esta história do título..tem vezes que irrita..

 

Recebi este texto por e-mail e quis partilhar convosco, se é que ainda não o leram, é que retrata assim na perfeição a minha opinião sobre a malta mais jovem de hoje em dia, é que nem vou acrescentar e opinar mai nada, está tudo dito...

 

"Em conversa com o irmão mais novo de um amigo, cheguei a uma triste conclusão: a juventude de hoje, na faixa que vai até aos 20 anos, está perdida. E está perdida porque não conhece os grandes valores que orientaram os que hoje rondam os trinta.
O grande choque, entre outros nessa conversa, foi quando lhe falei no Tom Sawyer. "Quem?" perguntou ele. Quem?! Ele não sabe quem é o Tom Sawyer! Meu Deus... Como é que ele consegue viver com ele mesmo? A própria música: " Tu que andas sempre descalço, Tom Sawyer, junto ao rio a passear, Tom Sawyer, mil amigos deixarás, aqui e além... " era para ele como o hino senegalês, cantado em mandarim.

Claro que depois dessa surpresa, ocorreu-me que provavelmente ele não conhece outros ícones da juventude de outrora. O D'Artacão, esse herói canídeo, que estava apaixonado por uma caniche; Sebastien et le Soleil, combatendo os terríveis Olmecs; Galáctica, que acalentava os sonhos dos jovens, com as suas naves triangulares; O Automan, com o seu Lamborghini que dava curvas a noventa graus; O mítico Homem da Atlântida, com o Patrick Duffy e as suas membranas no meio dos dedos; A Super-Mulher, heroína que nos prendia à televisão só para a ver mudar de roupa (era às voltas, lembram-se?); O Barco do Amor, que apesar de agora reposto na Sic Radical, não é a mesma coisa. Naquela altura era actual... E para acabar a lista, a mais clássica de todas as séries, e que marcou mais gente numa só geração: O Verão Azul. Ora bem, quem não conhece o Verão Azul merece morrer. Quem não chorou com a morte do velho Chanquete, não merece o ar que respira. Quem, meu Deus, não sabe assobiar a música do genérico, não anda cá a fazer nada.

 

Depois há toda uma série de situações pelas quais estes jovens não passaram, o que os torna fracos. Ele nunca subiu a uma Árvore! E pior, nunca caiu de uma. É um mole. Ele não viveu a sua infância a sonhar que um dia ia ser duplo de cinema. Ele não se transformava num super-herói quando brincava com os amigos. Ele não fazia guerras de cartuchos, com os canudos que roubávamos nas obras e que depois personalizávamos. Aliás, para ele é inconcebível que se vá a uma obra.

Ele nunca roubou chocolates no Pingo-Doce. O Bate-pé para ele é marcar o ritmo de uma canção. Confesso, senti-me velho ...

Esta juventude de hoje está a crescer à frente de um computador. Tudo bem, por mim estão na boa, mas é que se houver uma situação de perigo real, em que tenham de fugir de algum sítio ou de alguma catástrofe, eles vão ficar à toa, à procura do comando da Playstation e a gritar pela Lara Croft. Óbvio, nunca caíram quando eram mais novos. Nunca fizeram feridas, nunca andaram a fazer corridas de bicicleta uns contra os outros. Hoje, se um miúdo cai, está pelo menos dois dias no hospital, a levar pontos e a fazer exames a possíveis infecções, e depois está dois meses em casa a fazer tratamento a uma doença que lhe descobriram por ter caído. Doenças com nomes tipo que não existiam antigamente. No meu tempo, se um gajo dava um malho (muitas vezes chamado de "terno") nem via se havia sangue, e se houvesse, não era nada que um bocado de terra espalhada por cima não estancasse. Eu hoje já nem vejo as mães virem à rua buscar os putos pelas orelhas, porque eles estavam a jogar à bola com os ténis novos. Um gajo na altura aprendia a viver com o perigo. Havia uma hipótese real de se entrar na droga, de se engravidar uma miúda com 14 anos, de apanharmos tétano num prego enferrujado, de se ser raptado quando se apanhava boleia para ir para a praia. E sabíamos viver com isso. Não estamos cá? Não somos até a geração que possivelmente atinge objectivos maiores com menos idade? E ainda nos chamavam geração "rasca"... Não éramos mais a geração "à rasca", isso sim. Sempre à rasca de dinheiro, sempre à rasca para passar de ano, sempre à rasca para entrar na universidade, sempre à rasca a ver se a namorada estava grávida, sempre à rasca para tirar a carta, para o pai emprestar o carro. Agora não falta nada aos putos. Eu, para ter um mísero Spectrum 48K, tive que pedir à família toda para se juntar e para servir de prenda de anos e Natal, tudo junto. Hoje, ele é Playstation, PC, telemóvel, portátil, Gameboy, tudo. Claro, pede-se a um chavalo de 14 anos para dar uma volta de bicicleta e ele pergunta onde é que se mete a moeda, ou quantos bytes de RAM tem aquela versão da bicicleta. Com tanta protecção que se quis dar à juventude de hoje, só se conseguiu que 8 em cada dez putos sejam cromos.

Antes, só havia um cromo por turma. Era o totó de óculos, que levava porrada de todos, que não podia jogar à bola e que não tinha namoradas. É certo que depois veio a ser líder de algum partido, ou gerente de alguma empresa de computadores, mas não curtiu nada. Hoje, se um puto é normal, ou seja, não tem óculos, nem aparelho nos dentes, as miúdas andam atrás dele, anda de bicicleta e fica na rua até às dez da noite, os outros são proibidos de se dar com ele."

Nuno Markl

 

Estou: Plagiando

Delirado por Ginjinha às 01:08
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De depoisdachuva a 12 de Setembro de 2007 às 21:51
Bem ,como representante da "fornada dos 20 anos e qualquer coisinha" vou ter de refutar o texto... não na sua totalidade, nem sequer vou questionar a sua essência, todos temos a nossa opinião e o ponto principal é saber respeitá-la. Contudo, penso que estar a generalizar ou, digamos, apontar o dedo a uma faixa etária até aos 20 (ainda me incluo um bocadinho aí, 21 anos, vai dar quase ao mesmo!) penso que é extremista e desnecessário. Todas as gerações têm os seus pontos positivos e os seus pontos negativos ... as suas virtudes e os seus defeitos ... simplesmente, não consigo dizer que uma geração ou uma faixa etária é, pura e simplesmente, melhor do que outra. Dou apenas dois exemplos (muitos mais havia para dar):
A geração dos meus pais estava habituada a brincar na rua com o que havia, correr, saltar,cair e levantar-se. Tornavam-se mais cedo maduras e conviviam mais com as pessoas. Por outro lado, não tinham relações com os seus pais e as poucas que haviam era com um distanciamento ridiculo. Trabalhavam desde muito novos, nem podiam aproveitar condignamente a sua infância (já nem tou a falar da adolescência).
A nova fornadinha do século XXI, por sua vez, é esperta e extrovertida por definição. Têm todas as facilidades e condições para se desenvolverem a um ritmo incrivel e isso vê-se desde a tenra idade. Por outro lado, não dão tanto valor às coisas que têm e nao tem tanta noção do esforço que elas implicam.
E com estes dois exemplos me fico, pois penso que expressam bem a minha opiniao sobre este post.
Beijinhos cheios de respeito (:*


De Ginjinha a 12 de Setembro de 2007 às 23:36
Sou completamente da tua opinião quando dizes que todas as gerações têm os seus pontos positivos e negativos, cada geração tem as suas vivências.

Este texto foi mais a dar para a generalização e sátira do que propriamente discutir seriamente este tema que dava pano para mangas...

Ginjokas!



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